Marques Mendes (MM) fez bem em virar-se para o bodyboard.
As suas
características físicas desaconselhavam a aposta no básquete. Não se pode dizer
ele seja alto. Pelo contrário, até se pode comentar que é baixo. Só que não me
parece que isso venha a propósito para o caso, pois estamos a falar de um
político e não do poste que os LA Lakers querem contratar para aumentar a
eficácia da sua equipa na luta pelas tabelas.
É relevante saber se o ex-líder do PSD tem o proveito da fama de chegar sempre atrasado aos compromissos. Eu nunca poderia votar ou respeitar uma pessoa que desrespeita os outros ao ponto de desprezar ser pontual. Isso interessa.
É relevante saber se o ex-líder do PSD tem o proveito da fama de chegar sempre atrasado aos compromissos. Eu nunca poderia votar ou respeitar uma pessoa que desrespeita os outros ao ponto de desprezar ser pontual. Isso interessa.
Já ele ser uma pessoa de crescimento reduzido é um dado completamente
irrelevante, pelo que acho rasteiro e de fraco gosto que o socialista Renato
Sampaio lhe tenha chamado anão, em resposta a uma referência de MM à tralha
socrática.
Renato brilharia a grande altura se, em vez de se meter com a altura,
questionasse a sua relevância política, afirmando duvidar que o seu apelido
alguma vez venha a dar origem a um substantivo. Além de elegante, é verdadeiro.
Nunca ninguém acusou Passos Coelho de fazer parte da tralha mendista......
O oráculo da TVI24 é achacado a ser achincalhado. Em 2005, ainda estava de
fresco na liderança laranja, quando Belmiro de Azevedo declarou que ele nem para
porteiro da Sonae servia. Ora aqui está um insulto com classe. O empresário
critica a verve excessiva do político, acusando-o de ser senhor de uma prosápia
ineficaz, que confundiria os visitantes e provocaria um ajuntamento evitável na
receção.
Renato não está sozinho nas bolas fora. O líder da CGTP já deve estar mais do
que arrependido da tentativa falhada de fazer humor à custa da cor da pele do
etíope - apelidado de Rei Mago escurinho - que chefia a missão da troika em
Lisboa.
O insulto pode e deve ser parte integrante da polémica política, mas
recomenda-se que seja usado com o máximo de elevação, principalmente se é
desferido a sangue-frio, como foi o caso do maquinista da CP que me chamou filho
da puta, quando teve mais que tempo para sofisticar e confessar que não tinha
outra solução senão referir-se a mim nos mesmos termos que um adepto de futebol
costuma dedicar ao árbitro que marcou um penálti injusto contra o seu clube.
Já compreendo e até acho deliciosos os insultos soltos no calor de uma
discussão, como aquela clássica, registada no "Diário da República", em que Raul
Rego manda à puta que o pariu Francisco Sousa Tavares, que chama escarro moral a
António Campos, que por sua vez o classifica como o maior cabotino jamais
entrado no Parlamento.
Bons tempos esses, em que a inteligência não era um fator escasso na AR.
Agora, devido ao fenómeno da velocidade da luz ser superior à do som, alguns
deputados parecem-nos inteligentes, até os ouvirmos.
Retirada daqui
