Muito se tem falado na reforma do Estado, sobretudo do
Estado Social que parece ser a única parte a interessar os políticos, mormente
a Esquerda.
O que o governo pretende fazer, se não nos enganar mais uma vez, é
assegurar a sustentabilidade da Segurança Social (SS) que tem sofrido, ao longo
de 37 anos, enormes rombos.
Do outro Estado (menos Estado, menos deputados,
menos comissões, menos fundações e institutos, menos freguesias e câmaras,
menos carros de luxo e menos motoristas, menos sanguessugas) não interessa
falar.
A sustentabilidade da SS (ex-Caixas de Previdência) corre perigo na verdade e os que sempre descontaram (23,75%,os patrões, e 11%, os trabalhadores) ninguém lhes pode garantir hoje que têm, amanhã, segura a reforma. O que começa a saber-se é que a culpa de todo este grave problema são os governos. Todos, para equilibrar a balança de pagamentos, que andou sempre descalibrada, se valeram da Caixa de Previdência ou da SS.
A sustentabilidade da SS (ex-Caixas de Previdência) corre perigo na verdade e os que sempre descontaram (23,75%,os patrões, e 11%, os trabalhadores) ninguém lhes pode garantir hoje que têm, amanhã, segura a reforma. O que começa a saber-se é que a culpa de todo este grave problema são os governos. Todos, para equilibrar a balança de pagamentos, que andou sempre descalibrada, se valeram da Caixa de Previdência ou da SS.
No tempo de Salazar
e na Democracia que está toda bichada e a apodrecer. Com uma enorme diferença. É
que o ditador, que viveu e morreu pobre e não foi corrupto nem corruptível,
pagava os empréstimos, mas os governos democratas, não. Nunca reembolsaram um
cêntimo e a situação está à vista - a quase falência. O Estado deve-lhe quase
tanto como o dinheiro que veio e há-de vir da Troika.
Segundo “Livro Branco da
Segurança Social”, encomenda de Guterres, em 1996, já a Segurança Social era
credora de 36 mil e quinhentos milhões de euros. Agora, dizem as redes sociais
que este calote, este assalto ou esbulho (do nosso), já vai nos 75 mil milhões
de euros. É brutal e escandaloso. Como escandalosa é a situação da haver muita
gente a usufruir chorudas reformas da Caixa Geral de Aposentações, quando nada
descontaram.
Ou não o suficiente (Passos confirmou há dias) Mas que justiça, ou
melhor, que pulhice é esta?
Na mensagem de Natal o papa Bento XVI insurge-se contra o
capitalismo selvagem que carrega o mundo de problemas sociais, sugere o
regresso aos princípios éticos e a necessidade de manter o Estado Social. Será
que ainda é possível por cá esse milagre?
Que o Natal, que é tempo de Luz,
ilumine os nossos políticos.
Já chega de tanta fava envenenada.
Armor Pires Mota, no 'Jornal da Bairrada' de 20 de Dezembro de 2012