Olhando para as empresas do PSI20 observa-se que quase todas são dependentes do estado.
Talvez exactamente por isso, estas empresas tendem a ser as principais vítimas dos ataques da esquerda: do imposto Cristas à permanente ameaça do encerrameno ao domingo, passando pelas investidas da ASAE.
A Sonae cedeu às ameaças e ofereceu o Público aos cães, tornando-o numa cópia de má qualidade do Avante, mas comprando alguma boa-vontade que lhes vai permitindo seguir o seu caminho.
A Jerónimo Martins, sob a batuta de Alexandre Soares dos Santos, não o fez, porventura porque, para além de não depender muito do estado português, já nem sequer depende do mercado português: a maior parte dos seus lucros já têm origem fora do país.
Alexandre Soares dos Santos foi ainda mais longe, ao expôr a situação do estado social socialista através do PORDATA. Não só não depende do estado, como ainda colabora na exibição de números. E todos sabemos o quanto a esquerda se dá mal com números.
Não foi o facto de os funcionários do Pingo Doce trabalharem a um feriado que irritou a esquerda, afinal fizeram-no voluntariamente, receberam o dobro e ainda terão um dia de férias extra.
As reacções da esquerda foram apenas o resultado disto: uma profunda aversão a uma empresa independente do poder político e que tem exercido essa independência.
Se fosse a Ryanair, a Galp, a Apple ou outra empresa a lançar uma promoção semelhante, as reacções seriam nulas. As multidões no boxing day no Reino Unido ou na Black Friday dos EUA nunca suscitaram este tipo de críticas.
Alexandre Soares dos Santos está de parabéns pela coragem de ir irritando os poderes instalados.
É um dos poucos faróis de esperança neste país.
Carlos Guimarães Pinto, aqui