O ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, afirmou, esta sexta-feira, que a administração local sofre de "esquizofrenia" e apontou a necessidade de se procurarem "novos mundos" como forma de se ultrapassar a atual crise.Na Universidade do Minho, para uma conferência dedicada à Reforma da
Administração Financeira do Estado, Miguel Relvas disse ainda que a
concretização de "profundas reformas na administração central e local" é outra
das saídas para a crise.
Segundo o ministro, a dificuldade está em querer "sair do problema, mas com
as velhas receitas". Por isso, afirmou que as "mudanças são o caminho certo".
O ministro-adjunto disse também que não tem havido uma "relação de
transparência" entre o cidadão e o Estado e que isso precisa de mudar.
"A partir de 2013, todos os funcionários superiores da administração pública
vão ser escolhidos, não pelo ministro A ou B, mas por concurso. É um fator
decisivo de transparência e credibilização da administração pública", indicou.
Relvas deu também conta da necessidade de se procuraram "novos mundos",
porque "sempre" que Portugal viveu "só da Europa" teve "dificuldades".
"Dos oito países para os quais exportamos, seis estão em recessão. Isso
obriga-nos a procurar outros mercados", disse.
O ministro voltou a culpar as Parcerias Público-Privadas (PPP) pela situação
em que o país se encontra e afirmou que nesta relação "o risco fica do lado do
Estado e muito pouco de quem tem que assumir responsabilidades".
Retirada daqui
