O Parque Escolar, empresa criada por
Sócrates, para a requalificação de 332 escolas secundárias, desbaratou milhões.
Ainda as obras iam a meio e já havia derrapagem monstra nos gastos. No final,
os custos tinham subido mais de 400%. É isso mesmo, 400%. Só possível com quem
tirou um curso ao domingo e nos deixou no buracão.
Em 2008 e 2010, os relatórios e contas já revelavam esses desmandos que continuaram, enquanto o maior cantor lírico, JS, fazendo de ceguinho de circo, deixava continuar a balbúrdia. Os números, segundo auditoria feita pela Inspecção Geral de Finanças, foram revelados pelo ministro da Educação. Os ordenados dos funcionários já haviam disparado 96% em 2010.
Era um fartar vilanagem, tudo sem
rei nem roque. Há muita gente que deveria estar há muito atrás das grades,
incluindo políticos, por gestão danosa dos dinheiros públicos. Ficava mais
barato fazer obra de raiz. Houve projectos que tiveram de ser rectificados já
depois das obras adjudicadas e todo o mobiliário, mesmo em bom estado, foi
substituído, tudo estupidamente à grande.
Houve até adjudicações directas,
burlas, materiais de luxo. Perante o escândalo, a administração demitiu-se. Isso
é pouco. Deve ser responsabilizada. O caso do pagamento, como compensação
financeira, à Luso Ponte, que recebeu a dobrar as portagens da ponte 25 de
Abril no mês de Agosto de 2011, atrapalhou Passos Coelho que meteu os pés pelas
mãos, com a
ajuda do Secretário de Estado dos Transportes que o
“enganou”, mas não foi demitido. Inocentes enganos? Gatos escondidos com rabo
de fora no governo. Gatos e uns tantos portugueses que são excepção, como os da
TAP, CGD, BdP, que não vão sofrer cortes nos salários. É escandaloso.
De pouco senso foi o manifesto anti-Sócrates, que é o
prefácio do livro “Roteiros VI”, de Cavaco (Sócrates desleal, ocultando-lhe o
PEC 4) e o troco dado pelos socratinos do PS. Tricas que só descredibilizam um
regime em estado de perigosa doideira.
Armor Pires Mota, no 'Jornal da Bairrada' de 15 de Março de 2012