Acabaram as dúvidas: os próximos dois anos abatem-se sobre os portugueses com a força de um tsunami.
É tal a inclemência das medidas anunciadas por Passos Coelho que a questão é se este Povo aguentará tantos infindáveis meses submerso num mar de impostos, taxas e derrogação de direitos.
Se a resposta vai ser sim, se a maioria dos cidadãos está ainda pacificamente disposta aos sacrifícios ontem anunciados, cabe então exigir sinais de esperança.
Urgem razões válidas para suportar este garrote que agora nos estrangula sem fuga nem folga. Que País quer este Governo oferecer aos portugueses no final de 2013? Esta é a pergunta que todos devemos exigir respondida.
Para quando a reforma da Justiça, tornando-a mais célere, transparente e independente? Para quando o prémio ao mérito de alunos e professores numa Educação que ainda não adequa o ensino às exigências da competição global? Para quando a desburocratização dos poderes públicos, a fusão de municípios e o desmantelar de teias partidárias clientelares e de corrupção? Para quando uma profunda reforma fiscal que vá muito além de mais esta escalada na caça ao IRS dos que não podem fugir?
Sabemos a dura factura que os anos de Sócrates fizeram crescer. Mas para Passos Coelho terminou ontem o estado de graça.
Urge acender luzes no fundo do túnel.
Retirada daqui