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O Governo mandou a Metro do Porto cancelar a cerimónia de inauguração da extensão da Linha Amarela até Santo Ovídio, Gaia, que estava prevista para amanhã, sábado.
A última obra da rede nos anos mais próximos - a segunda fase está congelada e sem data para avançar - fica sem cerimónia de inauguração oficial, o que está a causar insatisfação.
Em comunicado, a Metro do Porto indica, apenas, que a anulação da cerimónia fica a dever-se a "indicações expressas" da Secretaria de Estado dos Transportes. Contactada pelo JN, não adianta mais justificações.
No entanto, segundo apurou o JN, na origem da decisão poderá estar o anúncio de mais medidas de austeridade por parte do primeiro-ministro, na quinta-feira. O Governo entenderá que o momento não é de celebrações.
O facto é que nem estava prevista a presença de qualquer governante. A cerimónia consistiria numa viagem inaugural, com a presença de autarcas. Falariam Rui Rio, presidente da Junta Metropolitana do Porto, accionista da Metro, e Luís Filipe Menezes, presidente da Câmara de Gaia, onde fica a estação de Santo Ovídio, a inaugurar.
O cancelamento à última hora estará a ser entendido por alguns sectores como uma "falta de consideração" pela região. Até porque não estavam em causa gastos de monta.
Mesmo sem inauguração, a extensão até Santo Ovídio abre ao público às seis da manhã.