Na Madeira parece ser o fim da feira. Isto se Passos Coelho, tão célere a exigir sacrifícios aos restantes portugueses (e que ainda há meses clamava que "aqueles que são responsáveis pelo resvalar da despesa têm de ser civil e criminalmente responsáveis pelos seus actos"), não arranjar modo de pôr a mão por baixo da irresponsabilidade do seu correligionário.
É, aliás, o que Jardim espera: "Aumentei a dívida da Madeira", disse ele em Porto Santo referindo-se aos 1 113,3 milhões de dívidas escondidas feitas à revelia da Lei de Finanças Regionais, "para (...) agora poder negociar com o Governo liderado pelo PSD".
Conclua ou não a PGR pela responsabilização criminal de Jardim e seus comparsas, a única coisa certa é que a factura, tanto a do descrédito do país junto dos credores internacionais como a do aumento dos défices de 2008 (139,7 milhões), 2009 (58,3 milhões) e 2010 (915,3 milhões), será de novo paga pelos otários do Cont'nente.
Ontem Jardim gabou-se das escolas, estradas, portos, aeroportos e hotéis (?) que construiu. Omitiu o que desbaratou em carnavais de todo o género, o último dos quais, o do aniversário do Funchal, custou 5,9 milhões, quase o dobro do previsto, gastos em aquisições de bens e serviços "em regra não submetidas à concorrência". Di-lo o Tribunal de Contas. E quem tiver entendimento que calcule o nome da Besta, pois é nome de comportamento político e o seu número é 666.
Manuel António Pina, aqui