Um satélite da NASA vai cair na Terra entre esta quinta-feira e sábado.
O aviso vem da Agência Espacial Norte Americana que está a monitorizar diariamente a aproximação da máquina não comandada de nome UARS, e ainda não sabe em que região do mundo vai cair.
A probabilidade de alguém ser atingido e morrer devido à queda do UARS é de um em 3200, menor que 0,05 por cento.
O UARS, acrónimo para Upper Atmosphere Research Sattelite (Satélite de Investigação da Atmosfera Superior), pesa 5668 quilos e a NASA estima que há 26 peças que vão sobreviver à entrada na atmosfera que ao todo pesam 532 quilos. A peça mais pesada terá 158,3 quilos.
Os cientistas sabem que, devido à orbita onde o satélite se encontra, irá atingir uma região da Terra entre a latitude 57º Norte e 57º Sul, ou seja, todas as regiões habitadas do globo excepto o território a norte da latitude da Dinamarca. As 26 peças não vão cair todas na mesma região, a desintegração do satélite vai fazer com que elas se espalhem ao longo de 800 quilómetros.
Todos os dias a NASA vai actualizando a informação sobre a descida do satélite, a velocidade e o dia em que ele vai cair. Para já está previsto que seja a 23 de Setembro, na próxima sexta-feira, com um intervalo de mais ou menos um dia.
A NASA refere que desde o início da era espacial que máquinas maiores não comandadas já caíram na Terra e até agora não há registo de ninguém ferido ou morto por elas. Hoje, várias agências espaciais do mundo procuram construir satélites que reduzam o risco de vida humana durante a queda na Terra para um em 10.000.
O UARS foi lançado em 1991 para uma altitude de cerca de 575 quilómetros, onde esteve a medir a química da parte superior da atmosfera, e manteve as suas funções científicas até 2005. No final desse ano foi enviado para uma órbita mais inferior de cerca de 360 quilómetros de modo a acelerar a sua reentrada na Terra e evitar que se mantivesse muito tempo no espaço onde poderia colidir com outros satélites e multiplicar os pedaços de lixo espacial.
A NASA avisa ainda num comunicado para “não mexer, se encontrar algo que possa pensar ser uma peça do UARS” e para entrar em contacto com as autoridades locais e pedir ajuda.
Nicolau Ferreira, aqui