sexta-feira, 12 de agosto de 2011

SUGESTÃO DE LEITURA - PORQUE O FIM DE SEMANA ESTÁ AÍ

Não existirão muitos poetas vivos, sobretudo de língua portuguesa, a quem se possa apodar o rótulo de “essencial”, mas Manoel de Barros é seguramente um deles.

A natureza, mais concretamente o Pantanal, é o cerne da sua escrita visual e poderosa que celebra a magnificência da vida com um ardor incomum. Mas Barros, fazendeiro e advogado nascido no interior do Brasil há 95 anos, não se limita a evocar os elementos naturais: ele recria-os e transforma-os, incutindo-lhes uma faceta mágica que a torna ainda mais grandiloquente.

Convicto de que “as coisas que não levam a nada têm grande importância”, o autor de O guardador das águas - que, incompreensivelmente, ainda não foi distinguido com o Prémio Camões – concretiza uma visão panteísta não só do mundo como da própria escrita poética. “Todas as coisas cujos valores podem ser disputados no cuspe à distancia servem para poesia”, sintetiza.
(Sérgio Almeida )

POESIA COMPLETA
Manoel de Barros
Caminho
28,90 euros

Retirada daqui