Ouvir um não pode deixar-nos frustradas, mas ter de dizê-lo a alguém pode fazer-nos sentir exactamente da mesma forma, e afinal, como agir perante o não que se ouve e aquele que se diz?
Nem sempre é fácil exprimir uma opinião sincera, mas sem dúvida que saber dizer um não é vital para manter relações equilibradas, sejam elas a nível pessoal, profissional e emocional.
Apesar de sabermos que o não é tão essencial como o sim, tanto para quem o ouve, como para que o diz, nem todos estão preparadas para ouvi-lo, pelo menos de forma directa. O segredo está em fazer-se entender, por a mais b, qual a razão que nos leva a fazê-lo, mostrando que esta é a atitude correcta e não um capricho, como muitas vezes é encarado pelos demais.
Se nos habituamos a evitar dizer não, corremos o risco de perder os limites e a deixar que entrem "pé ante pé" no nosso território e na nossa vida privada, o que poderá a médio, longo prazo transformar-se em angústia, frustração e mesmo raiva, o que, enquanto situação limite será muito menos adequado, do que um não proferido na altura e entoação certas.
Para negar é preciso conhecer, ouvir, compreender e aceitar também respostas negativas. Conhecer o "outro lado" é essencial para fundamentar as decisões, reagir de forma madura e utilizar esta experiência como aprendizagem futura.
O não aplica-se à sua relação com namorado/companheiro/marido, amigos, assim como com os seus filhos e claro, com as entidades patronais, que muitas vezes não se escusam de fazer exigências. Quando chegar a sua altura de dizer não, pense e avalie a situação, e se está perante uma situação limite, não se escuse, de preferência de forma "politicamente" correcta a negar o pedido.
Jamais altere o seu comportamento, tom de voz e postura, e apresente sempre uma conduta sincera, uma opinião madura e sobretudo de honestidade com os seus valores, princípios e natureza do pedido. Não se sinta culpada, um não dito e ouvido na altura certa e com justiça terá resultados positivos no futuro.
Sofia Rijo, aqui