quinta-feira, 14 de abril de 2011

O GRANDE BLUFF

Sócrates, que é o maior bluff da nossa democracia, coxa e marreca, por via de tanta porcaria que fomos consentindo, afinal, “quando negociou o PEC 4 em Bruxelas… assumiu também o compromisso de pedir uma ajuda externa de 80 mil milhões”, [mas] “escondeu esse facto e andou a fazer bluf sobre o empréstimo”, o que continua a fazer sem um pingo de vergonha na cara, mas com uma enorme lata.

Foi o Semanário Sol que apurou essa verdade junto de elementos da Comissão Europeia envolvidos. Este caldo (ajuda) já vinha sendo cozinhado e negociado desde há dias. A contrapartida pelo pedido de ajuda à UE e BCE (Banco Central Europeu) era o PEC 4.

Sócrates é um bluff contínuo e tanto assim que afirmava que o FMI com ele, nunca, o país, primeiro, verteria sangue na luta, vestiu-se de patriota. Depois da queda, veio anunciar que não tinha legitimidade para negociar e, dois dias antes de estender a mão, em entrevista televisiva, ainda garantia, com o ar mais convicto, que não era necessária ajuda externa.

Agora, diz que vai liderar as negociações. Que certezas pode ter um homem que passou seis anos a mentir e a enganar os portugueses, a vender patranhas, a gozar connosco? E continua a mentir e afazer bluff, dias fora…. Afinal, todos são culpados da crise, da falência do país, da situação económica, da mão estendida como nunca, do terramoto que pode começar já terça-feira, quando aterrar o FMI em Lisboa. Coisa inevitável. Ele é que não, credo.

O PSD, sim, o PR, a oposição, se calhar o rato Mikey, todos menos ele! O pedido só peca por tardio e o atraso vai custar-nos muito sangue e lágrimas. Até entrarmos nos eixos. Em vez da humildade e do diálogo, opta pela arrogância sem limites e pela mentira mais descarada. O FMI tem um longo trabalho, a começar por desparasitar o Estado e trazer a verdade ao de cima.

Armor Pires Mota, no 'Jornal da Bairrada' de 14 de Abril de 2011