quinta-feira, 3 de março de 2011

OSSOS DE UMA CRIANÇA COM 11500 ANOS ENCONTRADOS NO ALASKA

Há cerca de 11.500 anos, no fim da idade do gelo, uma criança morreu perto de um rio, que agora fica no centro do Alaska, nos Estados Unidos. Cientistas norte-americanos descobriram o esqueleto cremado da criança nos restos de uma casa pré-histórica, num sítio arqueológico.

A descoberta foi publicada na quinta-feira, na revista Science.

A criança terá morrido, não se sabendo como, antes de ser cremada num poço no centro da casa. Esse poço teria várias funções, incluindo cozinhar e eliminar resíduos. Segundo os investigadores, depois da cremação, o buraco terá sido fechado e a casa abandonada.

Com esta descoberta, surge uma nova luz no estudo da vida doméstica das primeiras pessoas que terão habitado aquela região. O achado é até agora o mais antigo de sempre no Alaska.

A cremação deixou apenas 20 por cento do esqueleto intacto, o suficiente para fazer análises detalhadas. Os restos humanos incluíam os dentes, o que permitiu aos investigadores identificar a idade da criança - três anos. No entanto, não foi possível reconhecer o seu sexo.

Joel Irish, da Universidade do Alaska, explicou ao jornal Washington Post que as análises conseguiram detectar que o fogo atingiu apenas a parte superior da criança, queimando completamente a cara e destruindo os ossos dessa zona. Apesar de tudo, o resto do corpo não foi todo destruído.

A casa onde os ossos foram encontrados é uma das poucas que remonta aos primeiros dois mil anos da ocupação na América do Norte.

“O sítio arqueológico é verdadeiramente espectacular em todos os sentidos”, disse Ben Potter à agência AFP, concluindo que esta descoberta é muito importante por “trazer novos desenvolvimentos da história nesta parte do mundo na era glaciar”.

Cláudia Carvalho, aqui