domingo, 27 de março de 2011

FALIDOS E EM FESTA

As campanhas eleitorais costumam terminar em festa, com arruadas, jantaradas e comícios musicais.

A bancarrota para um país costuma chegar quando uns credores deixam de emprestar para esse país pagar aos credores anteriores. Falta pouco para Portugal estar falido e em festa.

A campanha já começou. PS e PSD trocam argumentos e acusações quase minuto a minuto. As sedes dos partidos voltaram a receber jornalistas quase diariamente. A coisa voltou a ficar bipolarizada e no fim podem ganhar os dois grandes partidos com o chamado voto útil, ou ganharem os pequenos com a verdade que socialistas e sociais-democratas têm de revelar aos portugueses.

Para já continuam a emprestar-nos dinheiro. Emprestam mais caro, mas emprestam. E emprestam com a garantia que, seja de que forma for, a austeridade vai continuar. A verdade é que as festas do PS e do PSD podem ficar irremediavelmente estragadas por um povo sedento de boas notícias, mesmo que seja demagogia.

Fartos da realidade, podem ainda apostar nas promessas, mesmo que o tempo não esteja para aventuras. Socialistas e sociais-democratas podem começar a festa, mas não podem mentir a um povo que procura ter futuro.

O país precisa de estabilidade, precisa de uma maioria com o PS ou com o PSD, ou mesmo com os dois juntos. Agora se saberá se há estadistas nesses partidos. Ganhar eleições é coisa que qualquer um pode fazer, basta estar no PS ou no PSD na hora certa, mais difícil é ganhar o país. E isso só se consegue acabando com a festa e começando a dizer toda a verdade aos portugueses.

Paulo Baldaia, aqui