sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

ESCOLA DE ARTES DA BAIRRADA ESTÁ EM GRANDE, MAS PODE SER AINDA MAIOR


Por força do talento individual (Sócrates Borras) e colectivo (CRASSH), começa a dar fruto e a ter grande visibilidade a nível naciona e até internacional, o trabalho que vem sendo desenvolvido na Escola de Artes da Bairrada ao nível do ensino da música, do canto e da dança ministrado por docentes dotados de habilitação técnica de nível superior, com paralelismo pedagógico homologado pela Direcção Regional de Educação do Centro em Julho de 2003.
Estão pois de parabéns, não só o município, a colectividade (União Filarmónica do Troviscal) e o Ministério da Educação, que em boa hora juntaram esforços e apostaram no ensino artístico na Bairrada, e em particular em Oliveira do Bairro, mas principalmente a Associação Escola de Artes da Bairrada e padagógicos do referido estabelecimento (Dr. Carlos Marques, que cessou funções no final do passado ano lectivo, sucedendo-lhe o Dr. Luís Cardoso a partir do presente ano lectivo), corpo docente, pais e encarregados de educação que acreditaram no projecto exponenciando-o, mas principalmente os alunos que têm na laboração desse estabelecimento uma oportunidade para desenvolver capacidades e mostrar o seu talento.

E porque a bairrada é uma zona com fortes raízes filarmónicas, os instrumentistas de sopro da Escola de Artes da Bairrada têm sido facilmente absorvidos pelas filarmónicas concelhias ou até mesmo de concelhos limítrofes.

Uma absorção que, no entanto, não é extensiva aos diversos instrumentistas de naipes de cordas, e bem assim os executantes de canto ou até dança da Escola de Artes da Bairrada.

Trata-se de uma lacuna que poderá, e deverá, ser colmatada pela implementação de um projecto sinfónico concelhio, que não colida com a actividade das bandas filarmónicas ou dos estabelecimentos de ensino concelhios e que vise, essencialmente, complementar a actividade desenvolvida por todos estes agentes culturais da área da música a nível concelhio.

Uma lacuna cuja supressão carece, essencialmente, de espaço, um problema que subsiste na Escola de Artes da Bairrada não só ao nível do espaço nessário para a frequência lectiva diária, como também ao nível de apresentações pontuais com maior número de assistência, como acontece no final dos períodos e anos lectivos, quando o auditório existente “rebenta pelas costuras” com a presença de pais, encarregados de educação e demais familiares que aí se deslocam para assistir aos espectáculos em que estão presentes os seus filhos e educandos.

Para quem viu o programa “Portugal em Directo” que esta semana foi parcialmente transmitido a partir do Museu de Etnomúsica da Bairrada, apercebeu-se das condições em que a alguns alunos da Escola de Artes da Bairrada são ministradas as respectivas aulas.

Porque se trata de uma questão que carece de uma solução urgente, e face à dificuldade em solucionar de imediato o problema de falta de espaço com que se debate a Escola de Artes da Bairrada, seria altura de ponderar, com a antecedência que a situação exige e impõe face às necessárias autorizações pelas partes evolvidas, a colocação em funcionamento de um pólo deste estabelecimento de ensino artístico em Oiã, concretamente no edifício destinado a auditório, biblioteca e nova sede da junta de freguesia, promovendo a realização das necessárias adaptações e à celebração de um protocolo entre as partes envolvidas.

Um repto que fica lançado às partes envolvidas.