Era uma tília muito engraçada.
Depois da degola a que foi sujeita no início do mês, já não tinha ramos, já não tinha nada: acabou por ser sacrificada hoje.
Tratava-se de uma árvore plantada pelos nossos antepassados: era o seu legado para o futuro.
Um legado que foi hoje abatido; um património, parte da nossa identidade local, para cuja defesa ninguém se mobilizou e à sombra da qual jamais alguém poderá descansar.
Como uma heroína, morreu de pé, com uma verticalidade de fazer inveja a muitos homens.
