segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

ERA UMA TÍLIA MUITO ENGRAÇADA

Era uma tília muito engraçada.

Depois da degola a que foi sujeita no início do mês, já não tinha ramos, já não tinha nada: acabou por ser sacrificada hoje.

Tratava-se de uma árvore plantada pelos nos­sos ante­pas­sa­dos: era o seu legado para o futuro.

Um legado que foi hoje abatido; um patri­mó­nio, parte da nossa iden­ti­dade local, para cuja defesa ninguém se mobilizou e à som­bra da qual jamais alguém poderá descansar.

Como uma heroína, morreu de pé, com uma verticalidade de fazer inveja a muitos homens.