segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

DEZENAS LEMBRAM HOMICÍDIO DE ADVOGADO

Precisamente à mesma hora a que Cláudio Rio Mendes foi assassinado pelo pai da ex-companheira, cerca de 150 pessoas vestidas de branco depositaram ontem, simbolicamente, uma flor no local onde o advogado, de 35 anos, caiu inanimado na semana passada, no parque do Rio Novo, na Mamarrosa, Oliveira do Bairro.

"Estamos todos chocados com a brutalidade do crime, e por isso decidimos participar nesta homenagem ao nosso querido amigo Cláudio", disse ao CM uma familiar do advogado.

A namorada de Cláudio, que está grávida de seis meses, ajoelhou-se no local onde este foi mortalmente baleado, e depositou a primeira flor branca. Seguiram-se dezenas de familiares e amigos que também quiseram participar no acto simbólico. "Esperamos que todas as circunstâncias deste homicídio sejam apuradas e que a culpa não morra solteira", disse, ainda abalado, um amigo de Cláudio.

Depois de terem depositado as flores, os familiares abraçaram-se e deram uns passos pelo parque infantil onde na semana passada o advogado queria estar a sós com a filha, de quatro anos, mas acabou por ser baleado por António Ferreira da Silva, que está em prisão preventiva.

Entre os vários grupos de amigos que se formaram no parque da Mamarrosa, os presentes recordavam os momentos alegres que passaram com Cláudio e também lembraram o amor que este tinha pela filha, fruto da relação com a juíza Ana Carriço.

"Tentou sempre ser um pai exemplar, mas nunca o deixaram. Morreu assassinado porque o amor que tinha pela filha incomodava demais", disse outro amigo de Cláudio, convicto de que aquele não provocou a discussão que terminou em morte.

Já segundo uma testemunha que é vizinha do pai da juíza, Cláudio recusou entregar a criança, que estava no seu colo, a chorar, mesmo depois de Ana Carriço se ter ajoelhado e implorado para que deixasse a filha. Seguiram-se insultos e agressões, que acabaram no homicídio.

Alexandra Panda, aqui