quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

MOVIMENTO SOS EDUCAÇÃO ESPERA ENCERRAR MAIS DE 60 ESCOLAS HOJE

Na quarta-feira fecharam cerca de vinte, mas hoje deverão fechar «mais do dobro» de escolas do ensino particular com contrato de associação, segundo disse à agência Lusa o porta-voz do Movimento SOS Educação.

O protesto «vai-se agigantar», garantiu Luís Marinho, que prevê que, hoje, pais e encarregados de educação encerrem «mais de sessenta» estabelecimentos de ensino.

Hoje, o movimento destaca três pontos focais do protesto: o colégio Calvão, em Ovar, o Externato Penafirme, em Torres Vedras - representando «cerca de quatro mil alunos» - e três colégios em Fátima.

O motivo do protesto é uma portaria da tutela que determina um financiamento de 80.080 euros por ano e por turma nas escolas com contrato de associação, verba inferior em cerca de dez mil euros ao reclamado pela Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP).

Luís Marinho assinalou que em cada escola cada associação de pais determinou «em plenário o seu plano de acção» e a par do encerramento haverá acções simbólicas determinadas para cada estabelecimento de ensino, como «molduras humanas».

Os membros do movimento usam «a força da palavra», ou seja, dizem aos seus filhos para não entrarem na escola.

Na terça-feira, a ministra da Educação, Isabel Alçada, garantiu que o Governo «não vai continuar a financiar privilégios nem lucros» de alguns dos 93 estabelecimentos de ensino com contrato de associação.

O porta-voz do Movimento SOS Educação condenou a «contra-informação» lançada pela ministra da Educação, lembrando que algumas escolas «reinvestem» esses lucros na melhoria dos estabelecimentos de ensino.

Luís Marinho frisou que os pais querem ver garantidos os «projectos de excelência» das escolas mas admitem partilhar os "sacrifícios" impostos pelas medidas de austeridade.

Ao todo, são 93 as escolas afectadas, mas Luís Marinho reconheceu que nunca aderirão todas ao protesto, porque em alguns casos o contrato de associação só diz respeito a «uma turma em regime nocturno», logo «não tem expressão».

Retirada daqui