Elen, a menina de oito anos cuja história comoveu o Brasil na semana passada ao saber-se que fora raptada pela prima e violada durante duas semanas pelo namorado desta, um foragido à Justiça de 43 anos, estava destinada a ter um calvário maior.
Quando o criminoso se fartasse dela, ia ser vendida a uma rede pedófila.
A polícia de São Paulo apurou que o violador, Manuel Lopes Araújo Filho, que escapara da Penitenciária de Tremembé, no interior do estado de São Paulo, estava a negociar a pequena Elen com redes de pedofilia para, além de ganhar um bom dinheiro, se livrar da menina quando estivesse completamente saciado.
As autoridades policiais acreditam que o destino final da criança seria provavelmente um país distante, onde a possibilidade de ser encontrada seria bem mais remota.
Durante o cativeiro, Elen passou a maior parte do tempo trancada num armário. Foi cruel e repetidamente violada e espancada, forçada a ver filmes pornográficos e a assistir a cenas de sexo entre a prima e o namorado.
A brutalidade com que a menina foi tratada chocou os polícias e os psicólogos que trataram do caso.
Recorde-se que Elen conseguiu fugir quando os raptores saíram de casa julgando que ela estava a dormir, tendo então a menina aproveitado para telefonar à polícia.
Domingos G. Serrinha, aqui