Um estudo da Universidade de John Hopkins revela que comer diariamente 100 gramas de brócolos poderá reduzir significativamente o risco de úlceras e cancro no estômago.
O estudo foi divulgado no jornal Cancer Prevention Research (Investigação sobre a Prevenção do Cancro) e mostra que os resultados foram testados, no Japão, em 48 pacientes infectados pelo "H. pylori" (uma bactéria que causa uma inflamação crónica no revestimento do estômago, aumentando o risco de cancro ou úlceras). Durante oito semanas, foi-lhes introduzida uma alimentação à base de brócolos e rebentos de alfalfa.
Os investigadores descobriram que os doentes que comeram bróculos viram os seus níveis de "HpSa", um marcador da bactéria "H. pylori", baixar 40% no final da experiência. O consumo de rebentos de alfalfa, por sua vez, não teve qualquer efeito nos níveis de "HpSa".
"Todas as evidências indicam que comer brócolos ou rebentos de brócolos previne cancro nos humanos", afirma o investigador Fahey.
Investigadores da Universidade de John Hopkins, nos EUA, acreditam que grande parte do benefício preventivo dos bróculos vem dos altos níveis de sulforafane. Além de conseguir reduzir os efeitos de um agente infeccioso e carcinogéneo prevenindo, assim, o cancro, este químico traz também inúmeros outros benefícios para a saúde, como a redução de inflamações e a prevenção de doenças do coração.
Os resultados foram também testados, numa segunda fase da experiência, em ratos. Durante oito semanas, a mesma equipa de investigadores deu água ou rebentos de bróculos a ratos infectados com "H.plyori" e verificou-se que os níveis de infecção não se alteraram nos ratos que bebiam água, mas reduziram significativamente nos alimentados com brócolos.
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