quinta-feira, 14 de outubro de 2010

AdRA NÃO BAIXA TARIFA DA ÁGUA APESAR DAS QUEIXAS

Apesar das queixas de diversas populações e instituições, que viram o preço dos serviços de abastecimento de água e saneamento subir desde que a empresa Águas da Região de Aveiro (AdRA) começou a fazer a gestão destes sistemas numa dezena de municípios do distrito de Aveiro, as tarifas não deverão descer.

Fernandes Thomaz, novo presidente do Conselho de Administração da AdRA, disse que "não vale a pena ter ilusões sobre esta matéria crítica". "Um dos princípios basilares da AdRA é a harmonização tarifária dentro de cinco anos. Não há milagres", afirmou. Fernandes Thomaz refere que aquele "esforço" é necessário para que possa haver "investimento e melhoria do serviço às populações".

O município de Vagos, onde a AdRA assinou, ontem, um contrato de cedência de posição contratual com a Câmara para assumir obras de expansão de redes de águas residuais avaliadas em seis milhões de euros, é exemplo disso.

Tinha das tarifas mais baixas mas será um dos que vai receber maior investimento. "Antes a água era quase dada, andávamos a praticar acção social indiscriminadamente", disse, a propósito, o presidente da autarquia, Rui Cruz, sublinhando que "a subida seria ainda maior se o município ficasse de fora da AdRA", pois Vagos teria de cumprir a "lei da água e tornar o sistema sustentável para obter financiamento comunitário para construir redes".

Até 2015 a AdRA planeia investir 16,3 milhões de euros em Vagos, elevando a taxa de saneamento de 40 para cerca de 80%. Na área dos dez municípios, no mesmo período, a empresa vais gastar um total de 125 milhões de euros na construção de infra-estruturas.

O maior custo, contudo, será com a manutenção. Nos 50 anos que durar a parceria entre a Águas de Portugal e os municípios serão gastos 350 milhões para renovar e manter infra-estruturas.

Zulay Costa, aqui