O corte do subsídio de férias e o aumento do IVA de 21 para 23% não são suficientes para cobrir o buraco orçamental previsto para 2011, estimado em 2,5 mil milhões de euros, informa o Jornal de Negócios.
O anúncio já tinha sido feito em Julho depois do governo ter acordado com o PSD um conjunto de medidas que permitiria atingir um défice de 4,6% em 2011.
Medidas consideradas ambiciosas pelo comissário para os assuntos económicos, Olli Rehn, mas que os técnicos da Comissão classificaram como insuficientes para atingir o objectivo, sendo por isso necessárias medidas adicionais.
Ainda na semana passada, o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, reconheceu a necessidade de se tomarem mais medidas para cumprir o défice.
Com o corte do 14º mês de salários da função pública seriam poupados cerca de 1,4 mil milhões de euros, no entanto, se o governo não conseguir aprovar no Parlamento o corte de benefícios fiscais e o novo Código Contributivo, que permitiria poupar 750 milhões de euros, o cenário poderá revelar-se ainda mais negro.
Um cenário complicado numa altura em que o governo assumiu demitir-se caso não consiga aprovar o Orçamento do Estado.
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