A primeira Escola de Verão da Aliança das Civilizações, que está a decorrer na Universidade de Aveiro, termina sexta-feira. Conta com participantes de 44 nacionalidades e o objectivo é criar uma plataforma de cooperação entre os todos os participantes.
Vieram dos quatro cantos do mundo, mais precisamente de 44 países, numa combinação perfeita de etnias, culturas e religiões. Têm idades compreendidas entre os 18 e os 30 anos.
Trazem na bagagem muita vontade de conhecer novas pessoas, novas culturas, de trocar 1001 experiências. Querem partilhar ideias e projectos. Desejam um sonho que envolve 44 nacionalidades. Durante uma semana, estão na Universidade de Aveiro para participar no I Curso de Verão, promovido pela Aliança das Civilizações das Nações Unidas.
Ao segundo dia de “summer school” os mais de 100 jovens que participam neste projecto, tiveram a visita do JN e, num auditório praticamente cheio, contaram-nos porque estão em Aveiro e o que os motivou a inscreverem-se neste curso. Por entre os muitos braços no ar, sinal que queria dizer “eu quero falar e contar a minha experiência”, ouviu-se um pouco de tudo, mas o que mais importa destacar é, sem dúvida, a “vontade de partilhar experiências com pessoas de culturas tão diferentes da nossa”.
“É uma oportunidade única, pois se não fosse assim seria impossível conhecer todas estas pessoas e aprender com elas tudo o que têm para ensinar”, afirmava Nour Icamel, que veio do Egipto para participar na primeira Escola de Verão da Aliança das Civilizações.
“Bridging Hearts, Opening Minds and Doing Things Together” é o lema desta “summer school” e parece também ser o lema de Adam Broza, de Israel. Neste momento, ainda não tem em mãos qualquer projecto. Não faz parte de nenhuma organização, mas quer fazer. Quer conhecer pessoas “e fazer alguma coisa”.
“Quero ganhar o respeito das pessoas e participar em projectos em que se faça alguma coisa pelos outros. Quero aprender com estas pessoas e ganhar novas experiências”, conta o jovem israelita.
O mesmo pensam Merieme Bachar, marroquina, Mikel Haimur, palestiniano, e Lamin Ceesay, da Gâmbia. Conheceram-se há dois dias mas já sentem que está a valer a pena a experiência. “É a melhor forma de termos contacto com novas experiências e usá-las para ajudar os nossos países”, dizem os três participantes.
Já Jonah Obajeun achou que esta foi a melhor forma de passar as férias. “Está a ser uma excelente experiência e estou a ter oportunidade de conhecer muitas pessoas, de diferentes países e com diferentes hábitos e culturas”. Para Farah Mohammoud, da Somália, que quer fazer mais pelas associações juvenis, este curso “é a oportunidade certa”.
Egipto, Israel, Nigéria, Cambodja, Vietname, Iraque, Palestina, Paquistão, Brasil, Itália, França, Arménia, Albânia, Portugal, Colômbia, são apenas alguns dos países de onde são oriundos os participantes neste I Curso de Verão. A organização cabe à Aliança das Civilizações das Nações Unidas, que conta com o antigo presidente da República, Jorge Sampaio, como alto comissário.
Paula Rocha, aqui