Três associações empresariais vão reunir na próxima semana para uma tomada de posição conjunta de protesto contra o tarifário da água e saneamento aplicado pela Águas da Região de Aveiro (AdRA), disse ao JN, o presidnete da associação empresarial SEMA.
José Teixeira Valente, presidente da SEMA- Associação Empresarial de Sever do Vouga, Estarreja, Murtosa e Albergaria-a-Velha considera o tarifário de água e saneamento da AdRA “uma injustiça”. “Não nos vamos calar, na próxima semana vamos fazer uma reunião com a ACIB- Associação Comercial e Industrial da Bairrada e com o NEVA, de Vagos para uma tomada de posição conjunta”, revelou, ontem, ao JN.
“São valores incomportáveis para o pequeno comércio e não se pode ‘entrar a matar’ numa altura destas”, disse salientando que o tarifário aplicado ao comércio, serviços e industria tem aumentos de custos fixos da ordem dos 100% por cento no caso da água e de 300% no saneamento.
Nuno Almeida, presidente do NEVA, afirmou ao JN desconhecer qualquer reclamação dos associados e frisou que na próxima semana irá ser feita uma abordagem da situação, enquanto Ricardo Abrantes, presidente da Associação Empresarial de Águeda enviou uma carta ao presidente da AdRA das “inúmeras reclamações” de empresas que a associação tem recebido, devido ao aumento global da facturação da água que será “superior a 160%”. Em destaque, ainda segundo Ricardo Abrantes, a diminuição “brutal” do prazo de pagamento que passou de um mês para 18 dias.
Também o presidente da Associação Comercial de Aveiro, (ACA), Jorge Silva, admitiu ao JN a existência de algumas reclamações por parte de associados da ACA, enquanto Emilia Abrantes, presidente da ACIB, disse que não dispunha de elementos.
Sérgio Lopes, administrador da AdRA, frisou, ontem, ao JN que a empresa está disposta a “ter em conta tudo o que sejam anomalias ou injustiças, como no caso do calibre dos contadores, mas o problema do tarifário, que é muito equilibrado, é uma questão que extravasa o conselho de administração”. “É uma decisão da comissão paritária”, adiantou, sublinhando que “foi estudado ao longo de vários meses”. “O que se passa é que havia municípios que tinham as tarifas excessivamente baixas”, lembrou.
Jesus Zing in http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Aveiro&Concelho=Aveiro&Option=Interior&content_id=1618365