terça-feira, 25 de maio de 2010

METER ÁGUA

A coisa está mesmo preta.
Em nome da poupança, o ministério da justiça através da Direcção-Geral da Administração da Justiça (DGAJ) enviou uma circular a todos os secretários judiciais a impedi-los de renovar os contratos com as empresas fornecedoras de água refrigerada.
A justificação é a crise e a austeridade.
No entanto, o corte da água não vai afectar os juízos de Oliveira do Bairro. E porquê? Apenas e só porque as instalações judiciárias do concelho não são dotados desse grande luxo que são os aparelhos colocados nos corredores, com os copos incorporados, e que tão amigos são dos operadores e utentes da justiça, desde os magistrados aos funcionários, desde os advogados aos simples cidadãos, que por vezes esperam horas a fio e que agora, para beberem um mísero copo de água vão ter na casa de banho a solução para a sede, pois nem sequer podem ir à pastelaria mais próxima uma vez que podem ser chamados a todo o tempo para intervir nas diligências para que são convocados.
Se isto não é uma medida que determine a indigência do Estado, é seguramente uma medida que belisca a dignidade de quem está nos tribunais.