Todos os dias os jornais nos dão notícia de como os da troika, em comparação com o actual Governo, até são uns bonzinhos, mais preocupados com os sofrimentos da população portuguesa.
As notícias sobre as pressões deles contra as rendas exageradas do gás e da electricidade, ignoradas por Passos, já são antigas.
Agora soubemos que o Governo português queria aumentar o IVA o dobro (meio ponto, em vez dos 0,25 que ficaram), mas a troika não deixou.
Só falta exigirem o fim das mordomias politicas que só há em Portugal (falamos de países ocidentais e democráticos, incluindo ricos), e que parecem não impressionar Governo ou PS (um socialista chegou a chamar-lhes ‘custos da democracia’, como se Portugal fosse o único pais democrático do mundo), e que vão da dezena de chauffeurs ou secretárias de um primeiro-ministro ou ministro, até a gabinetes políticos multitudinários, passando pelos carros correspondentes aos numerosos chauffeurs (se até os vice-presidentes da Assembleia da República têm carros oficiais, e também os grupos parlamentares, imagine-se o regabofe nos gabinetes políticos). Parece que o dinheiro por aí esvaído dava para Serviços Nacionais de Saúde, Escolas Públicas e Pensões milionárias (também cá, este Governo considera milionárias pensões de 1.000 euros – evidentemente, antes de lhes calharem a eles).
Por outro lado, sem os exércitos dos gabinetes (com ordenados de topo, apesar de gente novíssima, em princípio de carreira), não haveria funcionários públicos a mais.
