A correspondência trocada entre Camilo Castelo Branco e Carlos Ramiro Coutinho, visconde de Ouguela e amigo de infância do escritor, acaba de ser reunida num volume publicado pela Clube do Autor, intitulado Camilo íntimo.
As cartas, depositadas no Brasil, encontravam-se inéditas e, da sua leitura, emerge Camilo Castelo Branco como “cidadão atento, insatisfeito e inquieto”.
O livro agora publicado disponibiliza a totalidade das 250 cartas que constituíam o acervo camiliano da família oiurnda de Odivelas. Além dessas, a obra reúne ainda as missivas que tinham sido oferecidas ao então presidente do Conselho, Oliveira Salazar, que, por sua vez, as doou ao Arquivo da Universidade de Coimbra.
Segundo o especialista camiliano Bigotte Chorão, “mergulhar numa correspondência como esta é sair dela com as mãos cheias de 'coisas espantosas', para citar o título de um romance de Camilo”.
(Sérgio Almeida)
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