quinta-feira, 1 de novembro de 2012

MIGUEL ÂNGELO TERMINOU O TECTO DA CAPELA SISTINA HÁ 500 ANOS


Faz 500 anos que foi inaugurado o monumental fresco que Miguel Ângelo pintou no teto da Capela Sistina. É um dos maiores tesouros artísticos da Humanidade, e atrai cinco milhões de pessoas por ano.

Consta que Miguel Ângelo aceitou a incumbência de pintar o teto da Capela Sistina contrariado, por se considerar sobretudo um escultor e pensando que resultava de uma conspiração dos seus rivais para o desviar da obra para a qual havia sido chamado a Roma, o mausoléu do Papa.

O resultado seria deslumbrante. Ao longo dos 1100 metros quadrados do teto do templo, Miguel Ângelo apresentou algumas das mais poderosas imagens de cenas do Antigo Testamento, consideradas como um dos maiores tesouros artísticos do mundo - os nove painéis centrais mostram as histórias de Génesis, da criação à queda do ser humano, o dilúvio e o renascimento posterior da Humanidade com a família de Noé.

A obra, encomendada pelo Papa Júlio III, foi realizada pelo artista ao longo de quatro anos (entre 1508 e 1512) e faz hoje 500 anos que o Pontífice escolheu o dia de Todos os Santos para a inaugurar.

Atualmente, a Capela Sistina é vista por cerca de duas mil pessoas por dia (mais de cinco milhões por ano), que visitam o templo tornado uma enorme atração turística, o que, aliás, tem gerado algumas críticas. O Vaticano admite até, futuramente, limitar o número de entradas.

Fora das horas normais de visitas turísticas, o Vaticano organiza ainda visitas de uma hora limitadas a dez pessoas, pelo preço de 220 euros.

Além de diversas cerimónias religiosas, no espaço ali tem ainda lugar o conclave em que os bispos elegem o novo Papa.

Localizada no Palácio Apostólico da Cidade do Vaticano, residência oficial do Papa, a Capela Sistina foi criada entre 1477 e 1480, inspirada no Templo de Salomão do Antigo Testamento.

Para além dos frescos de Miguel Ângelo, conta ainda com pinturas de outros grandes artistas do Renascimento como Rafael, Bernini e Sandro Botticelli.



Alexandre Costa, aqui