quinta-feira, 1 de novembro de 2012

DESPEDIDAS


Despedidas!

Despedidas são assim...

Uma ferida que se crava no peito de quem perdeu...

Um desfecho de uma história que ninguém profetizou...

Um começo de noite sem luz...

Uma ferida que dói sem derramar sangue...

Uma angústia que ninguém consegue parar...

Um sufoco preso que nos impede de chorar...

Chorar? Mas porquê chorar?

Milhares de lágrimas derramadas... Muitas mais por derramar...

Sentimento de culpa? Arrependimento? Ou apenas tristeza?

Despedidas, que vêm sem o termos pedido...Apenas vêm...

E tiram-nos um pouco do que melhor temos...

E assim, destroem-nos o corpo e a alma, provocam um vendaval de sentimentos...

Mas sentimentos tristes...

Despedidas doem...a alma desaba...

Um grito sai do peito e aflora à garganta...E tudo porquê?

É o destino, a "sina" que todos nós estamos predestinados a ter,

Ou será infeliz coincidência?

Isso, ninguém sabe...

Só existe uma certeza...Despedidas são assim...

E ninguém as pode impedir... Só nos resta tentar ultrapassar...

Tentar seguir em frente, percorrer o nosso caminho...

Até chegarmos a um dia...O dia em que nós mesmos vamos despedir-nos...

Despedir-nos de tudo e de todos...

E aí, no mundo, vai haver alguém, que vai sentir por nós o mesmo que nós sentimos outrora...

O sentimento de uma despedida...

(Sónia Sá)