A semana passada foi má, não
porque não chovesse no nabal, mas simplesmente porque continuam as más
notícias.
Até a nível da Europa. Com a Merkley a dizer que a Europa só se libertará da austeridade daqui a cinco anos, o que significa que a crise económica e monetária continuará a colocar em cheque a política europeia e nós por cá a sofrermos os nefastos efeitos.
Para não falhar mais uma vez, Passos já admite um plano B para 2013, com novos cortes.
Isto é, o Orçamento do Estado que tanta conversa fez correr, aprovado, já está desvalorizado.
Poucos acreditam que vá dar certo. As previsões do governo poderão falhar. Nova derrapagem nas contas (baixa de receitas) e aí temos “medidas de contingência”, que passam por mais um aperto no garrote sanguinário.
Perante essa possibilidade, houve apelos veementes tanto de Portas como de Passos para que o PS alinhe na refundação do Estado Social ou funções do Estado. Coelho anunciou que ia convidar Seguro por carta e Seguro respondeu também por carta. Dos conteúdos, como do posterior encontro nada se sabe.
Carta vai, carta vem, encontram-se, mas o que vem para a praça pública é que Seguro recusa dar a mão. Tudo foi feito nas suas costas. Esta refundação, palavra inadequada, afinal, não é nada de novo, será mais do mesmo – austeridade sobre austeridade. Mas o PS não pode tirar o cavalinho da chuva, porque, enquanto governo, talvez tenha sido o campeão dos desvarios. Sobretudo com Sócrates. Mas Passos também não pode destratar Seguro.
Como tem feito sistematicamente e depois vir pedir-lhe a “bóia de salvação”. É iníquo lançar o desafio, quando os troikanos já estavam no país a estudar as vias para ir buscar mais de 4 mil milhões de euros. O PS é, na verdade, necessário para ser criada uma base de sustentabilidade das medidas a levar por diante ou até formar governo, o que bem pode vir a acontecer.
Se Mário Soares diz que eleições só atrapalharão e não resolverão nada, (e não!), já Francisco Assis avança com a probabilidade da formação de um governo a três para salvar o país.
Não são de mais para levantá-lo do buraco, onde o deixaram cair, ao longo de trinta anos.
Nenhum pode fazer de conta que não é nada com ele e andar a assobiar para o ar…
Até a nível da Europa. Com a Merkley a dizer que a Europa só se libertará da austeridade daqui a cinco anos, o que significa que a crise económica e monetária continuará a colocar em cheque a política europeia e nós por cá a sofrermos os nefastos efeitos.
Para não falhar mais uma vez, Passos já admite um plano B para 2013, com novos cortes.
Isto é, o Orçamento do Estado que tanta conversa fez correr, aprovado, já está desvalorizado.
Poucos acreditam que vá dar certo. As previsões do governo poderão falhar. Nova derrapagem nas contas (baixa de receitas) e aí temos “medidas de contingência”, que passam por mais um aperto no garrote sanguinário.
Perante essa possibilidade, houve apelos veementes tanto de Portas como de Passos para que o PS alinhe na refundação do Estado Social ou funções do Estado. Coelho anunciou que ia convidar Seguro por carta e Seguro respondeu também por carta. Dos conteúdos, como do posterior encontro nada se sabe.
Carta vai, carta vem, encontram-se, mas o que vem para a praça pública é que Seguro recusa dar a mão. Tudo foi feito nas suas costas. Esta refundação, palavra inadequada, afinal, não é nada de novo, será mais do mesmo – austeridade sobre austeridade. Mas o PS não pode tirar o cavalinho da chuva, porque, enquanto governo, talvez tenha sido o campeão dos desvarios. Sobretudo com Sócrates. Mas Passos também não pode destratar Seguro.
Como tem feito sistematicamente e depois vir pedir-lhe a “bóia de salvação”. É iníquo lançar o desafio, quando os troikanos já estavam no país a estudar as vias para ir buscar mais de 4 mil milhões de euros. O PS é, na verdade, necessário para ser criada uma base de sustentabilidade das medidas a levar por diante ou até formar governo, o que bem pode vir a acontecer.
Se Mário Soares diz que eleições só atrapalharão e não resolverão nada, (e não!), já Francisco Assis avança com a probabilidade da formação de um governo a três para salvar o país.
Não são de mais para levantá-lo do buraco, onde o deixaram cair, ao longo de trinta anos.
Nenhum pode fazer de conta que não é nada com ele e andar a assobiar para o ar…
Armor Pires Mota, no 'Jornal da Bairrada' de 8 de Novembro de 2012