terça-feira, 14 de dezembro de 2010

MULHER TRANCADA EM CASA E VIOLADA DURANTE TRÊS DIAS

"Ele vai matar-me", repetiu várias vezes a mulher aos inspectores da PJ que a salvaram. Violador já está em prisão preventiva.

Luisa (nome fictício), de 33 anos, passou três dias de terror - entre quarta e sexta-feira - numa casa em Lisboa. O homem, de cerca de 40 anos, com quem mantinha uma relação sentimental recente aproveitou as 72 horas de cativeiro para a violar e espancar.

Foi a família da vítima que a salvou ao contactar a Polícia Judiciária (PJ). Luisa, solteira a trabalhar em Lisboa, quebrou a rotina que mantinha com o pai e a mãe, que vivem no norte de Portugal. "Ela não telefonou à família, e eles estavam preocupados. Acabaram por entrar em contacto com a Polícia Judiciária", contou ao DN fonte da Unidade Nacional Contra Terrorismo da PJ.

A família, segundo a PJ, pouco sabia da relação sentimental da filha. "Sabiam apenas dois nomes dele e uma área de localização pouco específica em Lisboa", conta a fonte da UNCT.

Os investigadores da PJ conseguiram juntar as peças do puzzle através do nome do suspeito e da vítima, dos antecedentes criminais dele e também do carro da mulher que estava estacionado à porta da casa que lhe servia de prisão.

"Para resgatar a vítima, perante a resistência do indivíduo, tornou--se necessário arrombar a porta da habitação", explicou a PJ em comunicado.

Já com as algemas colocadas nos pulsos do suspeito, os investigadores viram o terror estampado no rosto da mulher.

"Ele vai matar-me, ele vai matar-me", repetia a mulher, ao mesmo tempo que justificava a preocupação: "Eu vivo sozinha em Lisboa..."

A vítima foi então transportada ao Instituto Nacional de Medicina Legal, onde foi submetida a exames periciais para apurar as lesões provocadas pelas agressões e violações a que, segundo disse, foi submetida várias vezes.

"Depois dos exames esteve connosco nas instalações da Unidade Nacional Contra Terrorismo", relatou a fonte policial. Segundo esta, o trauma psicológico da mulher era profundo.

"Nestas alturas temos de ser também um pouco de psicólogos e falamos bastante com ela para a acalmar", explicou fonte da PJ.

O principal receio de Luisa era que o homem, o oposto de um príncipe encantado, ficasse em liberdade. "Dissemos-lhe para ter calma, que tudo iria acabar bem", explica responsável da UNCT.

Uma promessa cumprida pela polícia. O homem, que já possuía antecedentes criminais, foi presente ao juiz de instrução criminal, que não teve dúvidas em decretar a medida de coacção: colocou-o em prisão preventiva.

Luís Fontes, aqui