sábado, 25 de setembro de 2010

ONDE VAMOS PARAR?

Os portugueses, a maioria dos portugueses, não deram conta que estamos a viver uma crise profunda.

Vivem como se nada de substancial tivesse mudado e, no entanto, as rádios, os jornais e as televisões todos os dias falam de aumentos de impostos ou de dívida pública paga com juros que batem recordes.

Os políticos, a maioria dos políticos, não deram conta que o país necessita profundamente que se entendam. Vivem como se tudo estivesse mais ou menos bem e, no entanto, as rádios, os jornais e as televisões todos os dias transmitem discursos que responsabilizam o adversário pelo estado a que tudo isto está a chegar.

É preciso que os portugueses queiram ouvir a verdade, assim queiram os políticos falar. Nada é mais fácil de entender que as consequências desta crise de credibilidade na colocação da dívida portuguesa nos mercados. A cada dia que passa, Portugal paga mais milhões pelos milhões que pede emprestados. Pagamos cada vez mais em juros dinheiro que nos vai fazer falta para produzir riqueza.

Só há uma solução, custe o que custar, temos de pôr em ordem as nossas finanças. Temos de gastar menos, muito menos, do que andamos a gastar. Ou apertamos o cinto até ao último dos buracos, ou o cinto rebenta e ficamos de rabo ao léu como os gregos. Se isso acontecer, então sim, os portugueses voltarão a saber o que é viver com a bandeira negra hasteada. É aqui que vamos parar?

Paulo Baldaia, aqui