sábado, 18 de setembro de 2010

NO GUARDANAPO FICOU ESCRITA A HISTÓRIA DO '10'

Messi chegou ao Barça há 10 anos. Negócio foi selado numa 'servilleta' de papel.

Num guardanapo de papel de um restaurante de Barcelona traçou-se o início da história de uma das maiores estrelas do futebol actual. Lá, Carles Rexach apalavrou a contratação de Lionel Messi pelo clube catalão. Foi há 10 anos. E, desde aí, o menino argentino escreve a sua história, de blaugrana, sempre em torno do dez. O próximo capítulo é amanhã, ante o Atl. Madrid.

Ontem foi um dia "atribulado" para alguns jogadores do Barcelona. David Villa gravou uma música de apoio a crianças pobres do Mali. E Adriano ficou a saber que lhe roubaram o carro. Mas as atenções mediáticas estiveram - como quase sempre - focadas em Messi. Tudo porque fez 10 anos que o argentino aterrou na Catalunha, para jogar no Barça.

Foi a 17 de Setembro de 2000. O Barcelona ainda tinha dúvidas sobre o real valor daquele menino pequeno e com problemas de desenvolvimento ósseo. Mas Rexach, que tinha ido encontrar-se com os agentes Josep Maria Minguella e Horacio Gaggioli (quem recebeu a família Messi no aeroporto), não quis deixá-lo fugir e escrevinhou num guardanapo de papel do restaurante: "Eu, Charly Rexach, na presencia de Horacio Gaggioli e Josep Maria Minguella, comprometo-me a contratar Lionel Messi, apesar da vontade contrária que existe no clube."

Desde aí, a "pulga" (tinha pouco mais de 1,30 m) cresceu e ganhou fama. A estreia pela equipa sénior do Barcelona foi a 16 de Novembro de 2003, na inauguração do Estádio do Dragão (derrota, 2-0, com o FC Porto). E seguiram-se muitos títulos: 2 Champions, 4 ligas, 1 taça do Rei, 4 supertaças de Espanha, 1 Supertaça europeia e 1 Mundial de Clubes, além da eleição de melhor do Mundo de 2009.

Aos 23 anos, o argentino continua por Barcelona. Terça-feira deu um recital de futebol (dois golos e um penálti falhado, no 5-1 ao Panathinaikos). E amanhã (18.00, Sport TV3) visita uma das vítimas preferidas: o At. Madrid, a quem marcou 10 golos, em 10 jogos. Mas esse é só mais um pormenor de uma história escrita num guardanapo, sob o signo do número 10.

Rui Marques Simões, aqui