O 25 de Abril ainda estava fresco.
A esquerda e a direita degladiavam-se, os primeiros lutando por fazer avançar as conquistas de Abril, os segundos por manter o que fosse possível do regime deposto.
Mas tentou de novo. Às 11h45, dois aviões T6 e quatro helicópteros oriundos da BA 3, sediada em Tancos, sobrevoaram e atacaram com rajadas de metralhadora o quartel do RAL1, perto do aeroporto de Lisboa.
Surpreendidos, os militares em terra, comandados por Diniz de Almeida, reagiram enviando tropas para o exterior (na foto, imagem das movimentações junto ao quartel), para fazerem face aos ataques dos 'páras' que entretanto tinham cercado o quartel a partir dos telhados dos edifícios circundantes.
A confrontação terminou às 14h40. Às 17h, Spínola, que entretanto se havia refugiado em Tancos com muitos militares e civis (muitos dos quais seriam posteriormente detidos), escapava-se de helicóptero para Talavera de La Reina, em Espanha, e dali, mais tarde, para um longo exílio no Brasil.
No dia seguinte, o país acordou ainda mais mudado, com o anúncio de várias medidas, entre as quais se destaca a nacionalização da Banca.
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