O norte-americano Nik Wallenda manteve o equilíbrio numa travessia de uma das gargantas do Grand Canyon, no Arizona, sobre uma corda, a cerca de 450 metros de altura.
Levou cerca de 20 minutos a percorrer os 426 metros que separam as duas margens do desfiladeiro e conseguiu a proeza de ser o primeiro homem do mundo a fazer a travessia sobre uma corda de aço.
Wallenda, 34 anos, é um homem que gosta de alturas. Segue uma tradição familiar que se tem mantido há sete gerações mas que já provocou baixas. O avó morreu em 1978, aos 73 anos, numa queda em Porto Rico. Uma das avós perdeu também a vida depois de ter caído fora de uma rede de segurança.
Apesar dos riscos, Wallenda não se deixa intimidar pelas centenas de metros de altura debaixo dos pés sempre que sobe a uma corda. Fê-lo nas Cataratas de Niágara há um ano e no domingo no Grand Canyon, tornando-se no primeiro homem a fazer a travessia, a 450 metros de altura, sem rede de segurança. Tal como em 2012, imagens da travessia foram transmitidas em directo, através da Internet, em vários países.
Durante 23 minutos, acompanhado por vento menos intenso do que o previsto, o norte-americano conseguiu chegar ao outro lado sob o olhar atento da mulher e dos três filhos. Atingido o objectivo, as primeiras palavras de Wallenda foram sobre a dor física. “Nem imaginam a que ponto chegaram as dores nos meus braços”, desabafou, depois de largar a enorme vara que o ajudou a manter o equilíbrio.
Dias antes da prova, o norte-americano admitia em declarações à AFP que não tem medo da morte e que preferia “morrer centenário” ao lado da mulher. “Tenho confiança nas minhas capacidades. Mas na mente que tenho de ter muita atenção. É um grande desafio participar num evento como este, é mundial, e isso será verdadeiramente uma influência sobre a minha mente”.
Retirada daqui