Há cada vez mais gente cheia de certezas.
Têm teorias para tudo... sem se darem conta, erguem assim as próprias desgraças, porque assim criam as suas sempre grandes ilusões a que se seguem, invariavelmente, as terríveis desilusões.
Quase todas as ideias e teorias têm a sua validade condicionada no tempo, são aceitáveis apenas e só até que apareça outra melhor. Erramos muito. O conhecimento humano funciona por melhoramentos contínuos. Assim evoluem as ciências e assim, também, se devem melhorar as nossas crenças a respeito de tudo.
Quase todas as ideias e teorias têm a sua validade condicionada no tempo, são aceitáveis apenas e só até que apareça outra melhor. Erramos muito. O conhecimento humano funciona por melhoramentos contínuos. Assim evoluem as ciências e assim, também, se devem melhorar as nossas crenças a respeito de tudo.
Este aperfeiçoamento passa pela capacidade de descobrir os erros e problemas nas soluções existentes para assim encontrar soluções diferentes, melhores, mais perto da verdade... nunca aceitando por bom ou suficiente o que se sabe.
Claro que há aqueles que se consideram fora do tempo, julgam-se o corolário de toda a evolução, como se o universo se tivesse alinhado para os criar e servir... o apogeu da humanidade! Têm sempre quedas tremendas... justas.
O nosso conhecimento evolui à medida que vamos subindo a escada da torre que andamos a construir... sem pressas nem presunções. Ninguém descobre a verdade, vamos sim construindo modelos temporários que nos aproximam dela.
Quando, numa atitude humilde, navegamos nos mares das nossas incertezas, dúvidas e fracassos, há momentos em que uma simples palavra, um olhar ou um pequeno nada, nos permitem pressentir a verdade absoluta da existência, a eternidade toda num só segundo: a absoluta certeza de um amanhã que nos espera.
Esses momentos valem mais que uma vida inteira, porque são instantes da vida eterna.
José Luís Nunes Martins, aqui