Fernando Ulrich insiste nas declarações dos sem-abrigo e diz que família, escola e igreja já o formaram em sensibilidade social o suficiente para receber críticas.
O presidente executivo do BPI afirmou nesta terça-feira que não compreende o alarmismo em torno das suas declarações sobre os sem-abrigo e afirma que não tem de pedir desculpa nem receber “lições de sensibilidade social de ninguém”.
É pior estar desempregado e estar desempregado há muito tempo do que suportar aumento de impostos. É a minha perspectiva. Penso que aquilo que eu tenho dito são afirmações absolutamente banais e não vejo porque é que alguém se choca com elas”, afirmou Fernando Ulrich na Assembleia da República.
Fernando Ulrich encontrava-se na Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças, que acompanha a recapitalização dos bancos nacionais pelo Estado, grupo onde se insere o BPI. O presidente-executivo do BPI respondeu ainda directamente a João Galamba: “Não recebo lições de sensibilidade social dos outros. Essas lições tive-as em casa, na escola e na religião católica”.
“Não tenho problema nenhuma em pedir desculpa. Agora acho que seria um gesto gratuito estar a pedir desculpa numa situação em que não sinto essa necessidade”, afirmou ainda.
O banqueiro explicou as suas declarações da semana passada e disse que procurava “desmontar a ideia de que não podemos suportar mais sacrifícios”, relacionando os esforços das famílias com a condição dos sem-abrigo. Nesse sentido, Ulrich procurava dar um “sinal de respeito pelas pessoas que viveram nessa situação dramática”.
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