Há factos que os políticos esquecem, mas o povo não.
Citemos
um ou dois no alinhamento da mini remodelação do governo, a nível de
secretários de Estado.
Troca necessária, mas sem necessidade de Passos escolher
Franquelim Alves (F.A.). Ao fazê-lo, de ânimo leve, ressuscitou o fantasma do
BPN, de que este fora administrador no Grupo Sociedade Lusa de Negócios (SLN,
dona do BPN).
Sabendo das manigâncias, casos de offshores, danosa gestão e corrupção, não foi capaz de denunciar, encobrindo a situação ao BdP onde estava a dormir na forma Victor Constâncio que, em vez de uma valente corrida, foi distinguido com um bom lugar no Banco Europeu.
Sabendo das manigâncias, casos de offshores, danosa gestão e corrupção, não foi capaz de denunciar, encobrindo a situação ao BdP onde estava a dormir na forma Victor Constâncio que, em vez de uma valente corrida, foi distinguido com um bom lugar no Banco Europeu.
O BPN, o exemplo mais flagrante da corrupção que campeava no país, é
um caso de polícia, mas de tanta gente (graúda) envolvida ninguém foi preso.
Eles andam por aí. Apenas Oliveira e Costa. Mas o povo não esquece que, ao ser
nacionalizado por Sócrates, teve de pagar largos milhões de euros, para depois
ser vendido ao preço da uva mijona (40 milhões).
Nomeado F.A., logo o governo foi bombardeado e o próprio
teve de justificar o injustificável. Nem Passos (memória curta ou ingenuidade)
teve bom senso nem Franquelim teve um pingo de vergonha. “Os tachos” tilintam
mais alto. Não é arguido, responsabilizado pelo buraco, tão pouco condenado
(quantos são?), mas o caso revela duas coisas: a falta de ética do governo e,
para alguns, que “o crime compensa” (Jerónimo).
Outro fantasma levantado. Em nome da unidade do PS. Seguro
já começou a falar da obra de Sócrates, a reabilitá-lo, ele que é um dos
grandes responsáveis pelo estado de miséria a que o país chegou.
Terceiro fantasma. De todas as greves as que especialmente nos revoltam
são as da CP, que, mesmo dividida às fatias para melhor gestão (ou para encaixe
de mais uns tantos amigos?) é há muito insustentável. Não factura para pagar os
juros, 200 milhões/ano, quando há tanta gente a viajar à borla.
Com um débito
de 3.5 mil milhões de euros, temos de ser nós a continuar a pagar as borlas, os
chorudos ordenados dos seus gestores, incapazes de colocar a CP nos carris de
vida própria.
O povo paga tudo, até as asneiras ou a mama de terceiros.
Armor Pires Mota, no 'Jornal da Bairrada' de 7 de Fevereiro de 2013
