segunda-feira, 3 de outubro de 2011

PAIS DE ADVOGADO ASSASSINADO AINDA SEM ACORDO PARA VISITAR A NETA

Foi adiada a conferência no juízo de família e menores de Aveiro no âmbito do processo de regulação parental da filha do advogado assassinado em Oliveira do Bairro pelo pai da sua ex-companheira.

A juíza titular recebeu uma comunicação do advogado da mãe da criança, também magistrada judicial na Comarca do Baixo Vouga, invocando problemas de saúde que impediam a sua presença sexta-feira à tarde.

Segundo fonte judicial, Ana Joaquina Ferreira da Silva informou que se encontrava no centro de saúde da área de residência, desde o meio-dia, com uma indisposição não identificada.

A juíza do processo optou por adiar a diligência para o final do próximo mês.

Este novo episódio causou indignação entre os familiares de Cláudio Rio Mendes, que foi abatido a tiro no inicio de Fevereiro, em Oliveira do Bairro, durante uma visita à filha.

Os pais do advogado do Porto reclamam o direito a encontros periódicos com a menina de quatro anos, mas na sua residência, por temerem retaliações da parte de familiares da progenitora.

Esperava-se que o tribunal fixasse ontem as condições em que os avós maternos poderiam acolher a neta.

A comissão de protecção de crianças e jovens, já verificou o ambiente familiar em que a criança vive, e terá emitido parecer favorável a visitas dos avós paternos.

15 dias antes de ser assassinado, o advogado de 35 anos tinha conseguido que a juíza titular do processo de responsabilidades parentais, na altura a correr no juízo de família e menores de Estarreja, autorizasse um encontro semanal (curto e vigiado), em local neutro, fora autorizado mas num regime com muitas restrições devido ao historial conflituoso do relacionamento entre os pais.

Deveria ser limitado inicialmente a duas horas, com a presença de um familiar do lado materno que inspirasse confiança à filha e apenas no parque de lazer da Mamarrosa, em Oliveira do Bairro, onde ocorreu o crime.

Não está posto de parte, como foi já anunciado por Modesto Mendes, irmão de Cláudio Rio Mendes, a entrega de um pedido de inibição do poder paternal atribuído à mãe da menina.

O homicida confesso aguarda julgamento em prisão domiciliária depois do Tribunal da Relação de Coimbra ter aceite recursos da defesa.

O arguido baleou mortalmente Cláudio Rio Mendes. A companheira do advogado do Porto gravou a tragédia com a camara do telemóvel, onde se vê o acusado a disparar por seis vezes, com a criança ao colo.

Retirada daqui