Há mais de 200 mil pessoas, em Portugal, que desistiram de procurar emprego. As razões têm que ver com baixas qualificações ou com a idade ou simplesmente com a perda de vontade de procurar um lugar no mercado de trabalho.
Como refere o Público, se estas 204 mil pessoas entrassem para as estatísticas, o número de desempregados aumentaria dos 689 mil para os 892 mil desempregados, e a taxa de desemprego fixar-se-ia nos 15,5%.
Um cenário que parece estar para durar, tal como o caso dos desempregados de longa duração, que são já mais de metade dos desempregados e que se encontram afastados do mercado de trabalho há dois anos ou mais.
A este casos juntam-se ainda as 174 mil pessoas que dizem trabalhar menos horas do que seria desejável, o que os deixa numa situação de subemprego.
Com as medidas duras da troika, a precariedade poderá vir a afectar ainda mais estas pessoas, sobretudo pelo facto de 54% dos desempregados não terem qualquer tipo de protecção social.
Bagão Félix, ex-ministro das Finanças do PSD deixa o alerta: “Pessoas com mais de 45 anos dificilmente vão reentrar no mercado de trabalho, vão ter uma redução da indemnização em caso de despedimento e uma redução do valor do subsídio de desemprego”.
A taxa de desemprego está, actualmente, nos 12,4%, um nível histórico.
Cláudia Reis, aqui