Como todos sabemos, os espaços verdes não são mais do que espaços urbanos onde existem espécies vegetais que nas suas funções ecológicas, lúdicas e recreativas, têm como principal objectivo a preservação da qualidade do ar, o recreio e o lazer.
Sendo esta a matriz subjacente aos espaços verdes, será certamente esta a pretensão do executivo municipal de Oliveira do Bairro ao avançar para a preservação e melhoramento de espaços como a zona dos pinheiros mansos, a área envolvente do parque desportivo da cidade e do novo pólo escolar de Oliveira do Bairro, a área da entrada poente ou até mesmo a futura alameda, intencionada como aposta numa morfologia urbana distinta para o reforço de uma cidadania inclusiva e pretendida como transformação de um eixo de passagem num espaço de estruturação e de fruição da cidade
Por isso mesmo, não pode deixar de referir-se a mais profunda estranheza pelo seguinte: no espaço verde lateral ao novo pólo escolar de Oliveira do Bairro, foi semeado prado de sequeiro, tendo sido colocadas árvores com necessidade de rega; e como o prado de sequeiro carece de baixa necessidade de rega, as árvores que aí se encontravam plantadas secaram, porque não foram regadas em função da sua necessidade de água! Tratou-se de uma situação estranha, a colocação de árvores com necessidade de rega, em terreno com prado de sequeiro, que após o período de instalação, subsiste apenas com a água da chuva, que apenas necessita de ser regado artificialmente em casos de extrema secura do solo.
Por sua vez, no espaço verde da entrada poente, foi semeada relva que não dispensa a rega; no entanto, encontrava-se aí plantado um velho sobreiro, uma espécie protegida ainda há pouco tempo viçoso e verdejante e que agora se encontra completamente seco e mirrado pelo excesso de água resultante da rega da relva! A não ser que haja uma qualquer justificação para o efeito, tratou-se de uma outra situação estranha, a colocação de relva com necessidade de rega, em terreno onde se encontrava um velho e respeitável sobreiro, que secou pelo excesso de água.
O que se espera, é que nas áreas verdes da futura alemeda o no futuro parque verde da cidade nada disto aconteça: aguardando-se, isso sim, por espaços que apresentem área com espécies vegetais, algumas delas exóticas, com dimensão e beleza que lhe confiram interesse público, e onde seja devidamente ponderada a qualidade específicas da vegetação a colocar, por forma a que os ditos espaços sejam de verdadeira fruição colectiva.
A ver vamos!