quinta-feira, 14 de abril de 2011

MAIORIA DOS JOVENS PORTUGUESES INICIA ACTIVIDADE SEXUAL AOS 16 ANOS

A maioria dos estudantes portugueses começa a ter relações sexuais aos 16 anos e diz sentir-se à vontade para comprar preservativos.

Mas são os alunos que tiveram educação sexual nas escolas que têm comportamentos sexuais mais seguros.

Estes são apenas alguns dos resultados do estudo nacional sobre sexualidade e saúde sexual e reprodutiva em estudantes universitários portugueses realizado pela equipa do projecto Aventura Social, da Faculdade de Motricidade Humana, da Universidade Técnica de Lisboa, que hoje é apresentado na Fundação Calouste Gulbenkian.

Depois de entrevistados 3.278 jovens, com uma média de idade de 21 anos, os investigadores concluíram que a maioria (83,3 por cento) dos estudantes universitários é sexualmente activa e 79,2 por cento teve a sua primeira relação sexual a partir dos 16 anos (inclusive).

Homens e mulheres sentem-se confortáveis a comprar contraceptivos, tanto em lojas comerciais como em centros de saúde, e a trazê-los consigo, revela a investigação, que aponta a pílula e o preservativo como os métodos mais usados (70,4 e 69 por cento, respectivamente).

Mesmo sob o efeito de drogas ou álcool, os entrevistados acham que não têm dificuldade em usar preservativos e acreditam que nesses estados conseguem recusar ter relações sexuais desprotegidas, refere o trabalho financiado pela Coordenação Nacional para a Infecção VIH/SIDA e Alto Comissariado da Saúde.

"No entanto, mais homens consideram que trazer preservativo com eles significa que estão a planear ter relações sexuais e recusam menos relações desprotegidas", conclui o estudo que contou também com a participação do Centro da Malária e Doenças Tropicais do Instituto de Higiene e Medicina Tropical e que conclui que os homens apresentam por isso maior aceitação do risco.

Considerando os potenciais comportamentos de risco, são os homens, os jovens com relações mais recentes e os mais velhos que mencionam mais frequentemente ter tido relações sexuais associadas ao álcool e às drogas, parceiros ocasionais e relações sexuais com outra pessoa para além do parceiro.

O estudo conclui ainda que a educação sexual nas escolas é fundamental para travar comportamentos de risco e que aquelas aulas "tem vindo a cumprir o seu papel": "os alunos mais novos referem todos ter tido educação sexual na escola e reportam um comportamento sexual mais seguro".

Os jovens portugueses dizem ter um grau de satisfação sexual elevado, sendo que os homossexuais surgem como tendo mais prazer que os bissexuais.

A maioria dos jovens refere ter um relacionamento amoroso "mais do tipo afectivo" e um grau de satisfação sexual elevado. Comparando homens e mulheres: eles referem mais vezes ter um relacionamento "mais do tipo violento" (2,6 por cento) e elas atribuem mais importância aos sentimentos e à comunicação num relacionamento amoroso.

Retirada daqui