Investigadores tentam estabelecer as bases de um teste universal para adultos, crianças, máquinas e aliens.
Se submeter-se a um teste de QI foi um passo importante, saiba que muita da inteligência do universo ainda não tem exercícios à altura. Uma equipa coordenada por José Hernández-Orallo, da Universidade Politécnica de Valência, está a tentar resolver a lacuna com novas bases teóricas para uma medição universal da inteligência.
"Mesmo para os humanos, os exercícios são apenas uma colecção de itens recolhidos em experiências ao longo do último século, uns melhores do que os outros", explicou ao i o investigador. Mais: não existe qualquer ligação entre os testes criados para cada espécie.
Hernández-Orallo explica que, até ao momento, os testes de QI são a única ferramenta viável, mas são demasiadas as variáveis e os sujeitos excluídos deste tipo de avaliação. "É muito difícil avaliar crianças antes de começarem a falar e ainda mais difícil avaliar chimpanzés ou outros animais." Ainda assim, o gatilho da investigação, que só ficará concluída no final deste ano, é conseguir avaliar e comparar a inteligência artificial com a humana. "Não há nenhum teste que permita avaliar a inteligência das máquinas.
O teste de Turing mede apenas o lado humano", nota. A investigação básica que estão a desenvolver passa por classificar o comportamento de algoritmos e combinações de algoritmos, observando-os em diferentes acções em ambientes gerados segundo regras matemáticas. Os futuros testes poderão ser realizados por crianças e adultos, insectos como abelhas ou até outras inteligências que possam existir no universo.
Marta F. Reis, aqui
