Veículo para atingir as 1000 milhas/h começa a ser construído em Janeiro de 2011.
O carro terá 1,28 metros de comprimento por 90 centímetros de diâmetro, rodas de alumínio resistentes, uma sólida estrutura feita em materiais ultraleves e começará a ser construído em Janeiro, anunciou um dos promotores do projecto Bloodhound, o britânico Richard Noble.
O objectivo é, não só bater o recorde de velocidade em terra, que desde 1997 está em 763 milhas por hora (1229 km/h), mas atingir as mil milhas por hora (1609 km/h). A contagem decrescente já começou.
Na aparência, o Bloodhound SSC (de super sonic car, ou carro super-sónico), parece um foguetão na horizontal. E na verdade será quase isso, já que terá um motor de avião turbofan, capaz de imprimir velocidade super-sónica ao veículo.
Para produzir o carro, a equipa da Bloodhound, que conta também como promotor com Andy Green, o actual detentor do recorde velocidade em terra, que se juntou ao projecto, necessita de algo como 16,3 milhões de dólares, mas Richard Noble está confiante.
"Temos empresas por todo o mundo a querer apoiar o projecto", afirmou à BBC News, sublinhando que "há até mais pessoas a querer apoiar financeiramente do que a capacidade [de absorção do projecto]".
E a pensar na tentativa de atingir as 1000 milhas/h em 2012, a equipa do Bloodhound SSC já está também a cuidar da preparação da pista.
O local escolhido pela equipa é o leito seco de um lago na província deo Cabo Setentrional, na África do Sul, que tem 20 km por 1,5 km, que são as dimensões necessárias para a vertigem de velocidade que se pretende atingir.
Nada pode falhar na limpeza da futura pista, já que à velocidade de 1609 km/h, qualquer pequena pedrinha solta pode fazer estragos sérios nas rodas ou mesmo na fuselagem do veículo. E isso significa que todos os voluntários não serão demais para realizar essa tarefa.
Os trabalhos já se iniciaram com o apoio das autoridades locais, mas para tentar garantir o maior número de mãos possível, de forma que tudo fique pronto a tempo, a equipa Bloodhound colocou ontem um anúncio no London Times a pedir voluntários. Um anúncio que promete trabalho duro debaixo de um calor constante e sem pagamento, e possíveis encontros com escorpiões, mas "inspirador para a próxima geração de engenheiros".
"Os voluntários terão de pagar as suas despesas, mas o custo de vida ali não é alto e trata-se de uma oportunidade para participar numa experiência extraordinária", esclareceu Richard Noble, em declarações à BBC News.
Filomena Naves, aqui