Eleito este ano com 1 353 820 votos para o cargo de deputado federal, o brasileiro Francisco Everardo Oliveira Silva, conhecido como Tiririca, vai ter de provar que não é analfabeto.
O deputado mais votado no Brasil nas eleições de 2010 vai ter de fazer um ditado para provar que não é analfabeto. A Justiça Eleitoral de São Paulo informou hoje que o humorista e político Francisco Everardo Oliveira Silva, conhecido como Tiririca, deverá fazer o teste no âmbito da ação penal, da qual é arguido, que está a decorrer na 1ª Vara do Estado.
Pela legislação brasileira, Tiririca não é obrigado a fazer o ditado. Mas segundo o juiz Aloísio Rezende Silveira, se o deputado comparecer à audiência e a prova for satisfatória, poderá ser decretada a sua absolvição sumária. Caso contrário, o processo terá continuidade e algumas testemunhas poderão ser arroladas.
A audiência para o teste faz parte do processo que investiga se o político é ou não alfabetizado, tal como declarou para concorrer ao cargo nas eleições gerais brasileiras.
A denúncia de que Tiririca é alegadamente analfabeto data de 4 de outubro, com base no art.350 do Código Eleitoral Brasileiro, que prevê pena de até cinco anos de prisão e pagamento de multa por declaração falsa ou diversa daquela que deveria ser escrita para fins eleitorais em documento público.
Esta semana, Tiririca admitiu que não redigiu sozinho a declaração, tendo pedido ajuda à mulher devido a uma lesão que dificulta a aproximação do dedo indicador ao polegar.
O deputado, que é filiado ao Partido da República (PR), foi eleito pela coligação Juntos por São Paulo (PR/PT/PRB/PC do B/PT do B).
Maria Luísa Rolim, aqui