segunda-feira, 6 de setembro de 2010

CIENTISTAS EXPLICAM GOLO MARAVILHA - EQUAÇÃO EXPLICA ESTRANHA TRAJECTÓRIA SEGUIDA PELA BOLA

O golo marcado pelo brasileiro Roberto Carlos num jogo particular contra França, em 1997, é considerado uma das maravilhas do futebol e, segundo muitos, desafia as leis da Física. Um estudo francês prova o contrário. Uma equação explica a estranha trajectória seguida pela bola.


Em 1997, o brasileiro Roberto Carlos marcou um livre directo no jogo contra França que é considerado ainda hoje um dos golos maravilha do futebol. A bola curvou de uma forma que deixou o guarda-redes Fabian Barthez estático e com um olha incrédulo. Um estudo publicado hoje, segunda-feira, no "New Journal of Physics" sugere que o que foi considerado como um golpe de sorte, afinal não o foi.

Uma equipa de cientistas franceses investigou a trajectória serguida pela bola e desenvolveu uma equação que a explica, noticia hoje a BBC. Afirmam que a jogada pode ser repetida se a bola for chutada com força suficiente, com a rotação adequada e, muito importante, suficientemente longe da linha de golo.

Roberto Carlos marcou o seu fabuloso golo no jogo inaugural do Tournoi de France, um torneio internacional amigável que se realizou antes do Mundial de 1998.

Muitos comentadores desportivos se referiram a essa jogada como "o golo que desafiou a física", porém o estudo agora publicado demonstra uma equação que explica rigorosamente a trajectória descrita pela bola. "Mostrámos que o caminho da esfera quando roda é uma espiral", explicou o responsável da investigação, Christophe Clanet, da Escola Politécnica de Paris, citado pela BBC News.

Christophe Clanet descreve a trajectória como sendo equivalente à forma de uma "casca de caracol" com a curvatura aumentando ao longo da trajectória da bola.

Como Roberto Carlos estava a 35 metros da baliza quando chutou a bola a trajectória espiral da bola tornou-se cada vez mais visível. Assim, a aparente contradição científica era antes uma curvatura natural na trajectória da bola.

A equipa da Escola Polítécnica de Paris estava a estudar a trajectória de balas disparadas por armas quando efectuou a descoberta que explica o famoso golo do jogador brasileiro.

Retirada daqui