terça-feira, 20 de julho de 2010

POLIS RIA: MUNICÍPIOS DEFENDEM AGILIZAÇÃO DE PARECERES AMBIENTAIS

Os municípios envolvidos no Polis Litoral da Ria de Aveiro reclamam “uma atitude mais pro-activa” do Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB). Em causa, a recolha dos pareceres legais necessários para a execução de dezenas de projectos com cerca de 150 acções no terreno que deveriam arrancar no próximo ano com conclusão apontada para 2013.
O programa governamental lançado em 2008, que prevê investimentos na ordem dos 96 milhões de euros, encontra-se, actualmente, em fase de consulta pública.
"O Polis da Ria de Aveiro tem de ter uma acção urgente da parte do Governo", alertou Ribau Esteves, presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), ao falar durante a inauguração do ramal do Porto de Aveiro.
O representante das autarquias envolvidas sugere, eventualmente, a criação de legislação específica "para agilizar procedimentos", sob pena criar atrasos na execução "do importantíssimo investimento de recuperação e valorização da Ria".
Com uma área de intervenção de 37.000 hectares na Zona de Protecção Especial da Ria de Aveiro, o programa abrange 60 quilómetros de frente costeira e 128 quilómetros de frente lagunar em 12 municípios: Águeda, Albergaria-a-Velha, Aveiro, Espinho, Estarreja, Ílhavo, Mira, Murtosa, Oliveira do Bairro, Ovar, Sever do Vouga e Vagos.
Até fins de Abril estará aberto o período de avaliação ambiental do Relatório Ambiental Preliminar e do Plano Estratégico da Intervenção de Requalificação e Valorização da laguna.
Os impactos negativos do aumento da amplitude das marés (consequência das dragagens na Barra de Aveiro), a necessidade de reforçar as protecções dos campos lagunares e melhorar as condições de navegabilidade figuram entre os estudos em curso.
Preservação ambiental, dinamização económica e promoção da vivência da Ria são as grandes linhas de actuação do Polis Ria de Aveiro.
A laguna, ecossistema com características únicas em Portugal, enfrenta várias ameaças.
Os estudos alertam para a "diminuição significativa" dos stocks de pescado e marisco, a "degradação ou completa destruição" dos sistemas dunares ocupados pelo homem ou atingidos pela erosão costeia, a extinção da área de sapal devido às obras portuárias, bem como a redução da diversidade das espécies faunísticas nas lagoas de água doce e proliferação de espécies oportunistas, mais resistentes à poluição

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