O corte de salários dos políticos (ministros) consagra a excepção de não atingir assessores, restantes membros dos gabinetes, directores e sub-directores gerais, avança o jornal Público desta quarta-feira salientando que a polémica instalou-se nos partidos com representação parlamentar. 
«Está lançada a confusão com o corte de cinco por cento no vencimento dos políticos». Afinal, a excepção – por força de uma alteração introduzida na proposta de lei do Governo - «está a causar mal-estar» mesmo «entre os socialistas no Parlamento», refere o quotidiano. 
O jornal conta que, há menos de um mês, José Sócrates e Pedro Passos Coelho puseram-se de acordo para um aumento generalizado de impostos. E o PSD forçou o corte, “simbólico e exemplar”, de cinco por cento nos salários dos políticos. 
Mas a polémica voltou na semana passada. O PS propôs uma mudança no artigo 10.º da proposta do Governo que prevê o reforço de medidas de austeridade aprovadas na generalidade há uma semana no Parlamento. 
O PS explica a exclusão com o facto de apenas estarem em causa os cargos políticos (Presidente, ministros, autarcas, por exemplo) e não outro pessoal dirigente, como os directores-gerais. 
Por causa da confusão instalada entre as bancadas da oposição parlamentar, o Governo será confrontado com a polémica na Comissão de Orçamento e Finanças, adianta a mesma fonte.
