Há alturas assim.
Por vezes não conseguimos ter “estômago” para aturar idiotices.
Nestas alturas, o melhor a fazer é tentar esquecer que todos pisam o mesmo chão num mundo em que há lobos mais ferozes do que os verdadeiros lobos, e cordeiros mais ternos do que os verdadeiros cordeiros.
Estavam um lobo e um cordeiro à beira de um regato, situando-se o primeiro a montante e o outro a jusante. Dizia o lobo: “Não me sujes a água que te como”.
Respondia o cordeiro: “Mas, sr. Lobo, isso não é possível, porque o senhor está do lado da nascente e eu do lado da foz”.
Responde o lobo: “Se não és tu, foi o teu pai”.
E sem mais delongas, o lobo trincou o cordeiro com os seus afiadíssimos dentes, comendo-o de uma assentada.
Fez exactamente aquilo que fazem os que acreditam na justiça, da verdade e da inocência, sem culpa provada.
