Portugal despede-se do Mundial com derrota aos pés da Espanha
Portugal disse adeus ao Mundial 2010 na África do Sul. Um golo de David Villa (63 m) arrumou com o sonho dos portugueses, que terminaram o jogo com 10, após expulsão de Ricardo Costa, e sem capacidade de reagir ao golo espanhol.
Espanha venceu Portugal, por 1-0, e segue para os quartos-de-final do Mundial 2010. Portugal, com um único golo sofrido, diz adeus ao torneio. Os "Navegantes", dobrados na Cidade do Cabo, estão de volta a Portugal.
Após o 1-0 espanhol (63 m), Eduardo, guarda-redes português, confirmou o estatuto de melhor em campo, a evitar novo golo espanhol com mais duas grandes defesas. Ricardo Costa foi expulso, por alegada agressão a Capdevilla (88 m). E foram os momentos mais marcantes dos últimos 20 minutos de jogo, apesar de Portugal estar em desvantagem.
Em vantagem, Espanha fez o que faz melhor: circulou a bola, manteve o domínio territorial, e fez correr os portugueses atrás da bola, numa altura em que a equipa nacional precisava de bola para correr atrás do resultado.
Após o 1-0, Queiroz mexeu na equipa, ao meter Pedro Mendes no lugar de Pepe e Liedson na vez de Simão, mas a equipa não conseguiu reagir, mal conseguindo abeirar-se da área espanhola, quanto mais criar perigo para Casillas.
Portugal sofre o primeiro golo no torneio
Eduardo bem se esforçou, duas vezes seguidas em dois minutos. Primeiro, a cabeçada de Llorent (60 m), acabado de entrar para o lugar do apagado Torres, depois num remate de Villa (61 m), de fora da área, a passar muito perto do poste.
Depois de uma boa entrada de Portugal no segundo tempo, Espanha colocou-se em vantagem assim que saiu do aperto dos primeiros 15 minutos da segunda parte, dominados pelos portugueses.
O tridente Xavi, a fazer o primeiro passe, Iniesta, de calcanhar a isolar o avançado, e Villa destroçou a defesa portuguesa. Eduardo ainda defendeu o remate do dianteiro espanhol, que, na recarga, fez o 1-0 para Espanha (63 m).
Foi o primeiro golo sofrido por Portugal no mundial, instantes depois de Queiroz ter trocado Hugo Almeida, que estava a dar muito trabalho aos espanhóis nesta segunda parte, por Danny.
Boa entrada de Portugal na segunda parte
Um golo a frio sofrido por Portugal. Por duas vezes, no início da segunda-parte, os espanhóis viram-se em trabalhos quando os portugueses aceleraram.
Aos 50 minutos, Hugo Almeida aguentou a pressão de dois adversários e cruzou para a entrada de Ronaldo, com Puyol quase a fazer autogolo. Logo a seguir, Simão acelerou pela esquerda e voltou a criar perigo.
Portugal teve muitas dificuldades na primeira parte, perdeu muitas bolas a meio-campo e demorou quase 40 minutos a fazer uma jogada de jeito: Hugo Almeida, em boa posição, cabeceou para fora o cruzamento bem medido de Raul Meireles, após boa combinação com Simão Sabrosa.
No minuto seguinte, Tiago, no coração da área, cabeceou muito ao lado, bem servido por Coentrão. Espanha parece tremer sempre que Portugal acelera. O que aconteceu poucas vezes durante a primeira parte.
Depois de 20 minutos dominados pela Espanha, Portugal, de fora da área, criou perigo para a baliza de Espanha: Tiago (21 m), com Casillas a defender para a frente; na recarga, Hugo Almeida meteu o guarda-redes espanhol na baliza.
Ronaldo, em mais um livre, dos inúmeros que tem cobrado neste Mundial, assustou Casillas, quase traído pela trajectória errática da bola (27 m). O jogo estava dividido, com Portugal a serenar “La Fúria”, após uma entrada de rompante da equipa espanhola.
O cronómetro ainda não marcava um minuto e já Eduardo tinha de se aplicar para defender um perigoso remate de Fernando Torres. Espanha aposta em explorar a direita de Portugal, talvez crente numa menor rotina de Ricardo Costa, central adaptado a lateral.
Aos 3 minutos, David Villa, de fora da área, obrigou Eduardo a nova intervenção de categoria. Mais 3 minutos, outra vez pela direita, Villa passou como quis e rematou rasteiro, obrigando Eduardo a grande defesa. De Portugal, nos primeiros minutos, pouco mais do que uns fogachos para tentar sacudir a pressão da fúria espanhola.
Portugal alinhou com Eduardo, Ricardo Carvalho, Bruno Alves, Fábio Coentrão, Ricardo Costa, Pepe, Raúl Meireles e Tiago; Simão, Hugo Almeida e Cristiano Ronaldo.
Pedro Ivo Carvalho e Vítor Santos in http://jn.sapo.pt/desporto/mundial2010/Interior.aspx?content_id=1606108
